Depressão na pandemia do Coronavirus no Brasil: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), antes da pandemia, o Brasil já era o país mais ansioso do mundo e, também, apresentava a maior incidência de depressão da América Latina, impactando cerca de 12 milhões de pessoas.
Durante a pandemia, a situação se agravou: estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UEFJ) revelou um aumento de 90% nos casos de depressão. Já o número de pessoas com crises de ansiedade e sintomas de estresse agudo praticamente dobrou entre março e abril de 2020.
Outra pesquisa, encabeçada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), demostrou que, entre maio, junho e julho do ano passado, 80% da população brasileira tornou-se mais ansiosa.
Quando é hora de buscar ajuda
Não é preciso ter um caso na família de alguém com COVID-19, ter perdido alguém próximo para a doença ou ter contraído a doença para procurar apoio psicológico.
Isso porque a própria natureza complexa da depressão está além dos rótulos e pode atingir qualquer um de nós. É preciso estar atento aos sinais e procurar ajuda.
Existem algumas diferenças entre sintomas de jovens, adultos e idosos. Em crianças e adolescentes é preciso observar:
• Irritação ou agitação excessiva
• Sentimento de tristeza, baixa autoestima e impotência
• Tentativas prévias de suicídio
• Relatos de negligência ou de violência psicológica (humilhação, agressões verbais), física ou sexual
• Problemas de saúde mental da criança, do adolescente e/ou de seus familiares, especialmente a depressão e ansiedade
• Uso de álcool e/ou outras drogas
• Histórico familiar de suicídio
• Ambiente familiar hostil
• Falta de suporte social e sentimentos de isolamento social
• Sofrimento e inquietações sobre a própria sexualidade
• Interesse por conteúdos de comportamento suicida ou automutilação em redes sociais virtuais
Veja também: Agravamento dos transtornos mentais durante a pandemia
1 comentário